No início do séc. 16 haviam vários dialetos na recente colônia portuguesa. Haviam os indígenas, que por si só já representavam uma grande diversidade de dialetos. Ainda haviam os colonizadores portugueses e com a escravidão, vieram os africanos, com suas diversas línguas.
Vale ressaltar que além desses três grandes grupos culturais que contribuíram para a formação do português do Brasil (portugueses, índios e africanos), vários outros grupos europeus – entre eles os espanhóis, os franceses, os ingleses e os holandeses – aumentaram ainda mais o plurilingüismo e o pluriculturalismo, a partir de 1808, quando se deu a abertura dos portos às nações amigas do país.
Um novo afastamento entre o português americano e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a familia real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.
A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa, o que surpreende em se tratando de um país tão vasto. A comparação das variedades dialectais brasileiras com as portuguesas leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil.
Dialetos do Brasil
Há pouca precisão na divisão dialetal brasileira. Alguns dialetos, como o dialeto caipira, já foram estudados, estabelecidos e reconhecidos por lingüistas, tais como Amadeu Amaral. Contudo, há poucos estudos a respeito da maioria dos demais dialetos e, atualmente, aceita-se a classificação proposta pelo filólogo Antenor Nascentes e outros.
- 1. Caipira - interior do estado de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, sul de Goiás e leste de Mato Grosso do Sul
- 2. Maranhense, Piauiense (Meio Nortista) - Maranhão e Piauí
- 3. Baiano - região da Bahia
- 4. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro
- 5. Gaúcho - Rio Grande do Sul, com alguma influência do castelhano, como dizer "bueno", "griz", "cucharra" e "entonces".
- 6. Mineiro - Minas Gerais
- 7. Dialetos nordestinos - Conjunto de dialetos falados na Região Nordeste, com exceção da Bahia.
- 8. Nortista - estados da bacia do Amazonas (ouvir) - (o interior e Manaus têm falares próprios)
- 9. Paulistano - cidade de São Paulo e proximidades
- 10. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso. Se assemelha aos dialetos mineiro e caipira.
- 11. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina. Este dialeto sofre inúmeras variações de pronúncia de acordo com a área geográfica, sendo influenciado pela pronúncia de São PauloParaná e do Rio Grande do Sul no oeste do Paraná e em algumas regiões de Santa Catarina. Há pequena influência nas áreas de colonização alemã com sotaque. no norte do
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/historia.htm, acessado em 27/08/2008, às 12:21
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa#Dialectos_de_Portugal, acessado em 27/08/2008, às 12:30
Postado pela aluna Luana, número 40521
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