2008-07-31

Saúde


Até o final do século XIX, cabia aos comissários do Físico-mor e do Cirurgião-mor a fiscalização das medidas de higiene e de defesa de saúde em cidades coloniais.Os físicos ou licenciados é que praticavam a medicina no Brasil. Sua atuação estava restrita à realização de sangrias, à aplicação de ventosas, à cura de feridas e de fraturas, sendo-lhes vetada a administração de remédios internos, que era privilégio dos médicos formados em Coimbra.
As principais orientações com relação à saúde pública seguiam normas da metrópole portuguesa, e compreendiam a inspeção das boticas(farmácias), vistoria dos hospitais, fiscalização da prática médica, determinação e medidas de caráter sanitário, exame de candidatos ao exercício profissional e a cassação de diplomas e demais licenças.
Segundo relatos da época, a cidade do Rio de Janeiro apresentava condições sanitáriasprecárias, tendo em vista a grande incidência de moléstias ditas endêmicas como sarna, erisipela, empigens, tuberculose, bouba, morféia, elefantíase, bichos dos pés, leucirréia, dispepsia, edemas de pernas e de moléstias de caráter epidêmico, como as febres interminentes e as Bexigas (varíola). Segundo os médicos da época, a principal causa das moléstias encontrava-se no tipo de clima presente, quente e úmido, e na depravação do ar decorrente da altura baixa dos pavimentos na cidade.

Postado por: Silva Jardim, 87807.
Fonte: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2008/02/29/a_medicina_a_saude_no_municipio_da_corte-426031413.asp 31/07/2008

Depois da chegada da Familia Real: A Transformação

Influência da moda: Parte III
A transformação


Com a chegada da corte e a abertura dos portos, em 1808, as brasileiras foram apresentadas à moda européia. O país passou a receber uma quantidade imensa de produtos do velho continente, como tecidos, leques, sapatos, jóias, chapéus, luvas, broches e bolsas. Paralelamente, a vida social ganhou novos ares com as inúmeras festas e cerimônias promovidas pela corte.

Visual renovado

ESCRAVAS

Com a abertura dos portos, o grupo de escravas comerciantes - que já existia - ganhou força. Muitas negras passavam o dia pelas ruas, vendendo produtos. A roupa delas era a fusão de heranças africanas com o modismo europeu. Usavam objetos mágicos e amuletos sobre o corpo, para atrair dinheiro e se defender de inimigos. As roupas eram de tecidos amarrados e sobreposições à moda africana ou então saias, blusas e vestidos dados pela patroa, mas sempre de qualidade inferior. Como parte do ganho dessas escravas ficava com elas, muitas compravam jóias - que mais tarde podiam ser trocadas pela liberdade.

Já as negras que trabalhavam em casa, como domésticas, serviam como uma espécie de vitrine da condição social de seu dono. Quanto mais elegantes e adornadas fossem as escravas, mais poderoso se mostrava o senhor. Na hora de sair, vestiam-se de forma muito semelhante às brancas. Essas escravas herdavam jóias e vestidos das patroas.

BRANCAS

Tentando imitar os padrões europeus, as brasileiras compunham looks exagerados, com muitas jóias e acessórios. O desejo de se distanciar do passado colonial era tão grande que elas acabavam exagerando na dose: tornaram-se enfeitadas demais. Dois elementos são agregados ao guarda-roupa: peles de animais e os sensuais xales, que ‘‘fingiam’’ cobrir decotes generosos.

http://manequim.abril.com.br/moda/historia-da-moda/historia_da_moda_282255.shtml?page=page3, acessado em 31 de Julho de 2008, às 17:55

http://www.fashionbubbles.com/2007/a-moda-em-500-anos/, acessado em 31 de Julho de 2008, às 18:01h


Conclusão: Conforme pode ser percebido ao decorrer dos posts sobre a Influência na Moda, vemos que a influência européia na moda modificou e amenizou a praticidade das escravas, acabando por as escravas também tornarem-se um pouco européias.

Postado pela aluna Luana, número 40521

Influência da corte na moda

Influência da moda: Parte II


Há 200 anos, a família real portuguesa chegava a Salvador. Logo que puseram os pés na Bahia, as mulheres da corte causaram o maior frisson: as roupas e os acessórios delas eram novidade para as brasileiras.

A vinda da corte para o Brasil influenciou em muitos pontos da sociedade e da cultura brasileira. Até a moda da época foi afetada, sendo fortemente influenciada pela corte portuguesa, principalmente por parte das mulheres, seguindo a moda européia que ditava as tendências. A exposição Mulheres Reais, que ficou em cartaz até 6 de Julho na Casa França Brasil, na capital carioca, contou através da moda quem eram as mulheres que viveram no país na primeira metade do século 19. Você sabia que, naquela época, muitas escravas usavam jóias?

A primeira moda fez logo a cabeça das mulheres: Carlota Joaquina desembarcou no Brasil de turbante. Era para esconder o cabelo cortado por causa da infestação de piolhos no navio, mas o motivo não importava; a idéia era copiar sem demora o estilo da nobreza e aproveitar os novos tecidos importados.

Depois da moda extravagante do Antigo Regime, quando as mulheres viviam aprisionadas por vestidos exageradamente acinturados, saias rodadas e perucas enormes, a moda simplificou-se. O hit do século 19 eram os vestidos de corte império, com a cintura logo abaixo dos seios, inspirados nas túnicas greco-romanas. Esses modelos não tinham amarrações nem espartilhos e apresentavam as mangas quase sempre curtas e levemente bufantes. O estilo da época era vestir-se de maneira fina, mas não ostentosa, com vestidos da moda e jóias discretas. Nas ocasiões festivas, seus trajes apresentavam mais requinte. Os vestidos usados tinham caudas bordadas com fios de metais preciosos, fios de seda e detalhes em renda.

A moda seguia os novos ventos da política: para os homens, estavam em alta as roupas com inspiração militar. Napoleão Bonaparte foi buscar idéias de governo na antiga Grécia, e assim as estátuas que surgiam em escavações arqueológicas eram modelo de elegância.

Quando Napoleão perdeu a guerra, voltaram as saias exageradas na Europa. Mas a Moda Império, com tecidos leves, manteve sua majestade aqui no Brasil. “A Moda Império é uma moda sem armadilha: ela alonga o corpo da mulher e deixa a mulher mais confortável e faz com que a mulher tenha uma certa postura”.
Dois séculos depois, na nova Moda Império, é revisitada , propondo mais uma vez conforto e luxo a serviço das princesas modernas.

O estilo variava de realeza para realeza.

Por exemplo, a D. Maria, vestia roupas mais extravagantes pois viveu o Antigo Regime, época em que a moda era mais extravagante.


Já a Carlota Joaquina defendia ferozmente a superioridade da nobreza sobre as demais classes sociais e as roupas dela espelhavam esse sentimento. A presença de muitas jóias e acessórios é marcante no visual de Carlota, que também usava vestidos de corte império, mas não abandonou os modelos de saias rodadas.


Fonte:

http://manequim.abril.com.br/moda/historia-da-moda/historia_da_moda_282255.shtml, acessado em 31 de Julho de 2008, as 17:37

http://soteropolisfashion.blogspot.com/2008/03/moda-que-aqui-chegou-com-famlia-real.html, acessado dia 31 de Julho, às 18:32h


Conclusão: O que mais chamou-me atenção neste assunto, foi que, mesmo sendo as escravas pessoas humildes e paupérrimas, elas possuiam jóias, que pelo que entendi, não eram tão usadas com adorno e sim como o alimento do sonho da liberdade.

Postado pela aluna Luana, número 40521

A moda antes da chegada da corte

Influência da moda: Parte I

Escravas






A roupa era composta por panos amarrados no corpo ou sutilmente costurados, que sofriam modificações por causa do trabalho. Uma lavadeira, por exemplo, puxava a saia para cima para não molhá-la na beira do rio, criando um modelo mais curto. Como os afazeres das escravas exigiam esforço físico, era comum que as roupas, mal costuradas, despencassem - o que chocava os estrangeiros.Não existia malícia por parte delas. Na tradição africana, o vestir serve para adornar e não para cobrir o corpo.


Brancas







Eram submissas e recatadas, reféns de rígidos valores

católicos que condenavam a vaidade. Quando saíam de ca

sa, na maioria das vezes para ir à igreja, usavam mantilhas grossas sobre os longos vestidos. Dentro de casa, eram bastante relaxadas: deixavam os cabelos soltos e vestiam camisolões leves, que não se prendiam ao corpo. Outras, usavam roupas mais femininas. De 1701 a 1750 as roupas estiveram mais femininas do que nunca. Além dos seios e da cintura, os quadris eram destacados com uma armação chamada de ‘‘anquinha’’. Meias e luvas brancas faziam parte do vestuário, que incluía também arranjos dourados para o cabelo.

http://manequim.abril.com.br/moda/historia-da-moda/historia_da_moda_282255.shtml?page=page2, acessado em 31 de julho de 2008, às 17:51h

http://www.fashionbubbles.com/2007/a-moda-em-500-anos/, acessado em 31 de julho de 2008, às 18:01h


Conclusão: As escravas e as "brancas" eram totalmente diferentes. Enquanto as primeiras visavam a praticidade e não viam malícia em um corpo nu, as outras preocupavam-se com as regras e, por desprezar os costumes alheios, viam com espanto a inocência das negras.

Postado pela aluna Luana, número 40521

Linha do Tempo dos Acontecimentos

11 de Agosto de 1807
Portugal é intimado pela França a cortar relações com a Inglaterra

12 de Setembro de 1807
Portugal assina tratado com a Inglaterra

17 de Novembro de 1807
As primeiras tropas francesas entram em Portugal

27 de Novembro de 1807*
A corte portuguesa embarca em 56 navios. Dom João e a princesa Carlota Joaquina embarcam em navios separados

22 de Janeiro de 1808
Após 54 dias no mar, o navio príncipe regente chega a Salvador

28 de Janeiro de 1808
Dom João assina a Carta Régia, que abre os portos do Brasil ao comércio direto com as nações amigas

26 de Fevereiro de 1808
A esquadra com a família real deixa Salvador, rumo ao Rio de Janeiro

7 de Março de 1808
Dom João e a família real chegam ao Brasil. Eles desembarcam no dia seguinte. A rainha, doma Maria 1ª, desembarcou dois dias depois

8 de Março de 1808
A corte real portuguesa desembarca no Rio de Janeiro

*1º de Abril de 1808 *
Dom João permite o estabelecimento de fábricas e manufaturas no Brasil por alvará

13 de maio de 1808
O príncipe regente dom João cria a Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional

1º de Junho de 1808
É publicado o primeiro número do "Correio Braziliense"

13 de Junho de 1808
Dom João cria o Jardim de Aclimação, atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro

10 de Setembro de 1808
Lançamento do primeiro jornal no Brasil: a "Gazeta do Rio de Janeiro"

12 de Outubro de 1808
Dom João cria o Banco do Brasil

26 de Abril de 1821
Dom João 6º retorna a Portugal depois de nomear seu filho primogênito, d. Pedro, príncipe regente do Brasil


Postada pela aluna Luana, número 40521

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u374304.shtml, acessado em 31 de Julho de 2008, às 18:59h

2008-07-15

Mudanças com a vinda da Família real

O Brasil foi descoberto em 1500, mas só foi inventado a partir de 1808. Até então, era uma grande fazenda extrativista de Portugal. Não havia a noção do que era ser brasileiro. As províncias estavam isoladas e se reportavam diretamente a Lisboa. Quando a corte chega ao Brasil, passa a funcionar como um centro agregador dos interesses das diferentes regiões. Começa a surgir o sentimento de identidade nacional. Dom João chega e cria várias instituições nacionais. Tanto assim que o que comemoramos em 2008 não são apenas os 200 anos da chegada da corte. O Brasil inteiro está comemorando 200 anos: a imprensa, a indústria, o comércio, a propaganda, o mobiliário. O código genético brasileiro está em 1808, para o bem e para o mal. Por um lado, foi um período de muita corrupção, desigualdade social e criminalidade. Por outro, estava surgindo um país grande e integrado que se reconhecia como Brasil. Também um país relativamente tolerante do ponto de vista racial.















Dom João vem para o Brasil não apenas fugindo de Napoleão. Ele tem um empreendimento civilizatório. Já na Bahia, abre os portos para o comércio internacional. No Rio de Janeiro, autoriza a instalação de fábricas, além de outras decisões que deixam clara a intenção de transformar a cidade na sede da corte portuguesa. Esse era um projeto antigo. Já existia pelo menos 250 anos antes. Ele abre estradas, demarca fronteiras, fortifica os portos e reforma a arquitetura da cidade. Dom João nomeia um intendente de polícia, uma espécie de prefeito, que é um verdadeiro agente civilizador - responsável, por exemplo, por trocar todas as gelosias por vidraças. O Rio se sofistica muito e bem rapidamente.



É preciso considerar que a cidade, de apenas 60 mil habitantes na época, suja e cheia de ratos, tem que se transformar numa capital européia. Antes, o saneamento da cidade era confiado aos escravos, que levavam tonéis com fezes e urina para as praias. O intendente então começa a aterrar pântanos, abrir esgotos, cuidar da iluminação pública, dos calçamentos...
Antes de 1808, o Rio era uma cidade muito atrasada, com pouquíssima cultura. Era uma sociedade de traficantes de escravos, tropeiros, senhores de engenhos e mercadores de ouro e diamante. Com a chegada da realeza, ela se torna uma verdadeira sociedade da corte, pois chegam milhares de pessoas habituadas a uma vida um pouco mais sofisticada - apesar de que a corte portuguesa era muito atrasada. Porém, como
a representação diplomática portuguesa também se estabelece no Rio, chegam os embaixadores franceses, ingleses, espanhóis, italianos, que demandam uma cultura muito mais sofisticada. Chegam também comerciantes, artistas, viajantes. Há a transferência de um público consumidor de cultura, que faz com que a cidade se sofistique. Ainda era uma corte muito caipira. Mas as pessoas, inclusive os colonos ricos, que eram semi-
analfabetos, começam a ganhar títulos de nobreza e passam a freqüentar os saraus da corte e o teatro.

Os hábitos alimentares mudam muito. Os viajantes ficavam escandalizados com os jantares na casa dos brasileiros. Comia-se com a mão ou com a faca que carregavam na bainha. Também era muito comum o vizinho meter a mão no prato do outro e vice-versa. A comida era muito simples: carne, feijão, farinha de mandioca e alguns legumes. Com a chegada da corte, há uma certa sofisticação. Primeiro nos eventos sociais, como os saraus. Dentro da casa, demora um pouco mais. Há uma mudança da culinária. O preparo do bacalhau, por exemplo, ganha sofisticação. Antes ele era comido seco. Chegam também os famosos doces conventuais.


Fonte: http://casa.abril.com.br/casaclaudia/edicoes/0561/casas/mt_278491.shtml

Data: 29/08

Postado por: Silva Jardim, 87807

 
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