2008-08-01

A influência da Corte na Botânica

Para iniciar o assunto "Botânica", vamos apresentar uma reportagem de uma série que foi apresentada no jornal "Bom dia Brasil" da Rede Globo no dia 10 de Março de 2008. A reportagem foi copiada integralmente sem nenhuma alteração.

"Há 200 anos, o Rio de Janeiro estava num corre-corre. A corte portuguesa acabava de chegar à cidade. Era o começo de muitas transformações. A natureza encantou os portugueses. Dom João não resistiu e mandou fazer seus próprios jardins.

Assim que botou os pés no Rio de Janeiro, em março de 1808, Dom João decidiu dar um troco a Napoleão Bonaparte: declarou guerra aos franceses. Mandou as tropas reais no Grão Pará invadir a Guiana, ocupar Caiena e trazer de lá as plantas que formavam o maior jardim de espécies botânicas da colônia francesa: o Jardin Gabrielle.

As espécies – canelas, pimenteiras e moscadeiras da Ásia, palmeiras da América Central, pimenteiras de caiena e da Jamaica e árvores de madeiras nobres – foram levadas para Belém. Aclimatadas por lá, formaram o primeiro acervo do Jardim Botânico do Rio.

“Foi uma resposta do rei de Portugal à tomada do próprio reino. Desde o início, já se planejava uma posse temporária. Tanto que o Código Napoleônico foi mantido como lei máxima da Guiana Francesa”, conta o pesquisador Nelson Sanjad.

Foi o Marquês de Pombal quem teve a idéia de aclimatar no antigo estado do Grão-Pará especiarias vindas da África, do sudeste asiático e da Índia. Em 1796, por ordem da rainha Maria I, foi criado em Belém o primeiro Jardim Botânico do Brasil.

“Os portugueses gostaram. Eles eram obcecados com essa história de especiarias. Então, eles trouxeram tudinho, numa primeira etapa, aqui no Pará e depois isso provavelmente abasteceu o Jardim Botânico que Dom João VI também criou”, diz a pesquisadora Elizabeth Van Den Berg.

O jardim carioca ganharia também a marca de Dom João. A linha de palmeiras, símbolo emblemático do nosso jardim, foi iniciada com o plantio da Palma Mater, uma espécie nativa da Guiana – dizem que pelas mãos do próprio príncipe regente.

“Eu considero lenda, mas eu acho que as lendas enriquecem as histórias. Por que não? Pode ser perfeitamente possível que ele tenha plantado, mas não tem relato”, diz a escritora Rosa Nepomuceno.

O sonho de Dom João de fazer do jardim um centro produtor de especiarias acabou não se realizando naqueles tempos. Mas a idéia vingou: hoje o país produz no sul da Bahia, no Maranhão e no Pará todo o tipo de temperos. Pimenta-do-reino a gente exporta até para a Índia.

Se o jardim não se transformou em pólo de produção, virou local de estudo, de passeio, de lazer, de meditação. Um lugar de sonhos que há 200 anos enfeita o Rio de Janeiro."

Fonte: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1675098-3683-800634-52051,00.html, acessado dia 1º de Agosto de 2008, às 20:46h.


Conclusão: Na época em que a corte estabeleceu-se no Brasil, as especiarias do oriente eram produtos muito valorizados no mercado, por isso a construção de um jardim com o objetivo de aclimatar essas especiarias. Além disso, os portugueses encantaram-se com a nossa natureza. O prórpio Rei mandou fazer seu próprio jardim! Isso mostra que desde os tempos de colônia o Brasil já era símbolo de fauna e flora. Desde então ele já era "Bonito por Natureza".

Postado pela aluna Luana, número 40521.

1 comentários:

Grupo 1 disse...

oiie colegas!!
Muito bom o trabalho de vocês!
Gostei da foto na entrada, das postagens com conteúdo!
Continuem assim e sempre buscando o melhor :D

Beijos juliane

 
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