2008-08-19

Influência da corte na Botânica

Influência da Corte na Botânica


A vinda da Família Real trouxe diversas melhorias para a cidade do Rio de Janeiro, dentre elas a implantação de uma Fábrica de Pólvora na sede do antigo Engenho de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites do Jardim Botânico.

Aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais: foi com este objetivo que, em 13 de junho de 1808,por decreto, foi criado, no antigo "Engenho da Lagoa", pertencente a Rodrigo de Freitas, o Jardim de Aclimação, por D. João, Príncipe Regente na época, e mais tarde d. João VI.
Encantado com a exuberância da natureza do lugar, aí D. João instalou o Jardim, que em 11 de outubro do mesmo ano, passou a Real Horto. Por um erro histórico acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. Porém o Jardim Gabrielle era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram aqui vieram, na verdade, das ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a D. João1. Entre elas, estava a Palma Mater.



Sua direção foi entregue ao marquês de Sabará, diretor da fábrica de pólvora criada ao lado, que também entendia de botânica, sendo depois substituído pelo Tenente General Carlos Napion. Em 1810, segundo o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro", o alemão Kaucke o transformou em uma estação experimental. Tinha à sua disposição escravos, instrumentos, morada e ganhava mais de 800 mil réis por ano. Nos viveiros já havia mudas de cânfora, nogueira, jaqueira, cravo-da-índia e outras plantas do Oriente.



Com a Proclamação da Independência do Brasil, o Real Horto foi aberto à visitação pública em 1822 como Real Jardim Botânico.O Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth II do Reino Unido e muitos outros.



Adquiriu a partir de então foros de botânico, pois seu diretor era um erudito frade carmelita, frei Leandro do Sacramento, professor de botânica conhecido pelos seus estudos da flora brasileira. Frei Leandro introduziu melhoramentos e organizou um catálogo das plantas ali cultivadas. Foi o orientador das aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras, assim como das cercas de murtas, crótons, hibisco.
Em sua homenagem, uma das dependências do Jardim tem o seu busto e o belo lago leva o seu nome.

Para mais informações, aqui está o site da Instituição de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro : http://www.jbrj.gov.br/index.html

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeiro, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 18:46.



http://www.jbrj.gov.br/historic/index.htm, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 18:46.

Conclusão: A corte portuguesa, com sua vinda, deixou muitos legados aqui no Brasil. Um deles, o Jardim Botânico, que existe até hoje, no Rio de Janeiro, é, creio eu, um dos legados “materiais” mais belo e agradável. Apesar de ter, inicialmente, o objetivo de aclimatar as especiarias do Oriente, tornou-se, através dos tempos, ponto de visitação da cidade.


Postado pela Aluna Luana, Número 40521.

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