2008-08-29

Produção Artística - Artes

Artes



O Brasil naquela época era marcado por um cenário de miséria tropical, o que foi chocante aos artistas franceses que chegaram ao país em 1816, com o objetivo de criar a “ Academia Imperial de Belas Artes “ ( AIBA ). Segundo historiadores parece ter existido uma convergência de interesses.De um lado, artistas formados pela academia francesa inesperadamente desempregados. De outro, uma monarquia estacionada na América do Sul e carente de representação oficial.
Entre os pintores franceses que desembarcaram em nosso país, podemos dar destaque para Jean-Baptiste Debret, que teve o desafio de retratar a realidade brasileira na época, no entanto mesmo produzindo cerca de 30 pinturas em sua estada, críticos dizem que o pintor encontrou certa dificuldade. Não só Debret tentou expressar a realidade do país em obras, artistas como Félix Émile Taunay, Johan Moritz Rugendas, Thomas Ender, entre outros , também buscaram relatar a realidade local. Mas foi apenas Debret que fugiu dos padrões formais dos outros pintores para se arriscar em novos rumos da arte.



Algumas das obras importantes de Debret :

A coroação de D. Pedro I





Retrato de D. João VI





A aclamação de D. Pedro I






O que fica evidente é que apenas após a chegada da corte, que o país teve um avanço cultural relevante, antes disso o Brasil vivia uma realidade de miséria cultural. Basicamente o que deu inicio a esta " revolução cultural " foi a criação do AIBA pelos franceses, pois a partir daí os artistas se comprometiam em destacar a realidade do país e dar uma representação oficial para corte .



Postado por : Yan Leal Rodrigues


http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowEspeciais!destaque.action?destaque.idEspeciais=544 29/08/08 22:08


www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext... 29/08/08 22:21


http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/12.3.htm 22:41

2008-08-28

Causas da Vinda

Engana-se quem acha que a idéia da corte portuguesa de se mudar para uma de suas colônias foi tomada de última hora.Na tentativa de avanço dos tercios do duque de Alba, o prior do Crato terá sido aconselhado a buscar um reduto além-Atlântico. Tempos depois, o padre António Vieira apontou idéia semelhante a dom João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império. Mais tarde, sem ameaça militar iminente, o diplomata dom Luís da Cunha defendeu a idéia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa.

Perante a ameaça militar, além de sugerida, a idéia teve inícios de concretização quando a Espanha invadiu Portugal como conseqüência do "Pacto de Família"(aliança formalizada a 15 de Agosto de 1761 entre França e Espanha, países então governados por membros da Casa de Bourbon, contra o então denominado Reino Unido da Grã-Bretanha.), chegando o marquês de Pombal a mandar aprontar uma esquadra que transportaria o rei D. José I e a sua corte.
No novo contexto internacional criado pelo Império de Napoleão Bonaparte, a idéia da retirada para o Brasil voltou à tona, sendo defendida pelo marquês de Alorna em 30 de Maio de 1801 e, em 16 de Agosto de 1803, por dom Rodrigo de Sousa Coutinho.

  • O Bloqueio Continental

Nos primeiros anos do século XIX grande parte da Europa estava sob o domínio de Napoleão Bonaparte, que se tornara imperador francês, em 1804. O único obstáculo à consolidação de seu Império na Europa era a Inglaterra, que, favorecida por sua posição insular, por seu poderio econômico e por sua supremacia naval, não conseguiria conquistar. Para tentar dominá-la, Napoleão usou a estratégia do Bloqueio Continental, ou seja, decretou o fechamento dos portos de todos os países europeus ao comércio inglês. Pretendia, dessa forma, enfraquecer a economia inglesa, que monopolizava o mercado consumidor europeu com seus produtos manufaturados. Com essa medida, Napoleão buscava garantir mercados consumidores para as manufaturas francesas.

O decreto, datado de 21 de novembro de 1806, dependia, para sua real eficácia, de que todos os países da Europa aderissem à idéia e, para tanto, era crucial a adesão dos portos localizados nos extremos do Continente, ou seja, os do Império russo e os da Península Ibérica, especialmente os de Portugal. O Acordo de Tilsit, firmado com o tzar Alexandre I da Rússia, em julho de 1807, garantiu a Napoleão o fechamento do extremo leste da Europa. Faltava agora o fechamento a oeste, quer dizer, os portos das cidades de Lisboa e do Porto, fosse por meio de acordo ou de ocupação militar.

Um grande problema para os planos expansionistas de Napoleão era a posição dúbia do Governo de Portugal, que relutava em aderir ao Bloqueio Continental devido à sua aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. O príncipe D. João, que assumira a regência em 1792, devido ao enlouquecimento de sua mãe, a rainha D. Maria I, estava indeciso quanto à alternativa menos danosa para a Monarquia portuguesa.

Sendo um reino decadente, cuja grande riqueza eram as suas colônias, especialmente o Brasil, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão. Permanecer na Europa significava, portanto, ficar sob a esfera de dominação francesa. A alternativa que sua aliada, a Inglaterra, lhe apontava como a melhor era a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, que passaria a ser a sede do reino. Essa alternativa contava com o apoio de uma parte da nobreza portuguesa sendo, também, bastante atraente para os interesses ingleses.

O sentimento de inferioridade de Portugal em relação às demais potências européias é apontado pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda como um forte motivador para o desejo da instalação da Corte no Brasil, quando diz que "...o luxo da Corte não apaga no reino a consciência da inferioridade dentro de velho continente. Portugal está cansado de ser pequeno, e, reatando a antiga vocação transmarina pela voz de alguns expoentes, toma a consciência de que pode ser muito grande...".

Muitos dos letrados do reino reconheciam que a importância de Portugal no cenário internacional devia-se à sua rica Colônia americana, e a viam como sua tábua de salvação. Para os que defendiam essa idéia, o ideal seria a implantação, no Brasil, de um Império luso-americano. Assim, tendo em vista a difícil situação em que se encontrava o Governo português, imprensado entre os interesses ingleses e franceses, era natural que essa possibilidade fosse lembrada como a melhor das soluções. Dessa forma, a expansão napoleônica na Europa e a ameaça de invasão de Portugal por suas tropas serviram de elemento desencadeador de uma idéia há muito elaborada.Para pressionar o príncipe-regente D. João, Napoleão enviou-lhe um ultimato, em agosto de 1807, para que rompesse com a Inglaterra e prendesse os súditos ingleses que habitassem o reino, confiscando-lhes os bens. Caso não cumprisse as ordens, Portugal seria invadido pelas tropas francesas comandadas pelo general Junot. Os ingleses, por seu lado, também se movimentavam para proteger seus bens e seus súditos em Portugal da ameaça francesa, levando-os para a Inglaterra. Ao mesmo tempo tentavam forçar D. João a se decidir a embarcar para o Brasil.

· Os Interesses Ingleses

Para os ingleses a vinda da Corte para a Colônia era muito importante, pois, por meio de acordos diplomáticos, poderiam conseguir inúmeras vantagens para os seus negócios. Esse comércio serviria de compensação para os prejuízos econômicos causados pelo Bloqueio Continental. Outro fator de interesse dos ingleses na questão dizia respeito à possibilidade de utilização dos portos brasileiros para fazer chegar suas mercadorias à região do rio da Prata, bem como facilitar sua estratégia de penetração militar na América espanhola.

A insistência do embaixador inglês em Portugal, Lord Strangford, em convencer o príncipe-regente a deixar logo Lisboa relaciona-se ao temor de que a esquadra portuguesa, concentrada no rio Tejo, caísse em poder das forças napoleônicas. Não interessava aos ingleses que o imperador francês tirasse algum proveito do reino e de suas colônias. Com a situação ficando cada vez mais tensa, após um segundo ultimato francês, a Coroa portuguesa se viu forçada a assinar uma Convenção secreta com a Inglaterra, em 22 de outubro de 1807, pela qual os dois países acertavam os termos de uma cooperação caso Portugal fosse obrigado a se voltar contra a Inglaterra, para evitar a guerra.

A Convenção secreta, assinada em Londres por representantes dos dois países, detalhava as várias medidas passíveis de ser tomadas por Portugal na questão, e previa as ações necessárias à sua proteção, a cargo da Inglaterra, em qualquer caso. A posse da Colônia americana, de cuja riqueza dependia a Metrópole, era a preocupação máxima tanto da Coroa portuguesa, como da Inglaterra, que a via como grande fonte de lucros. O documento dispunha, também, sobre a transferência temporária da sede da Monarquia portuguesa para a Colônia, no caso de Portugal ser invadido. Enfatizava ainda a recomendação do príncipe-regente para que nenhuma assistência fosse prestada a qualquer oficial francês, nem no Brasil, nem na ilha da Madeira. Esse acordo foi elaborado pelos ingleses, por meio do Lord Strangford, que buscava, dessa maneira, tornar o Governo português ainda mais dependente e, com isso, obter o maior número de concessões possível.

A viagem começa no dia 29 de novembro de 1807,saindo do porto de lisboa e comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.

Engana-se quem acha que a idéia da corte portuguesa de se mudar para uma de suas colônias foi tomada de última hora.Na tentativa de avanço dos tercios do duque de Alba, o prior do Crato terá sido aconselhado a buscar um reduto além-Atlântico. Tempos depois, o padre António Vieira apontou idéia semelhante a dom João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império. Mais tarde, sem ameaça militar iminente, o diplomata dom Luís da Cunha defendeu a idéia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa.

Perante a ameaça militar, além de sugerida, a idéia teve inícios de concretização quando a Espanha invadiu Portugal como conseqüência do "Pacto de Família"(aliança formalizada a 15 de Agosto de 1761 entre França e Espanha, países então governados por membros da Casa de Bourbon, contra o então denominado Reino Unido da Grã-Bretanha.), chegando o marquês de Pombal a mandar aprontar uma esquadra que transportaria o rei D. José I e a sua corte.
No novo contexto internacional criado pelo Império de Napoleão Bonaparte, a idéia da retirada para o Brasil voltou à tona, sendo defendida pelo marquês de Alorna em 30 de Maio de 1801 e, em 16 de Agosto de 1803, por dom Rodrigo de Sousa Coutinho.

A viagem começa no dia 29 de novembro de 1807,saindo do porto de lisboa e comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.

BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia de História Globo Multimídia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u378947.shtml

09/08/2008

OLIVEIRA LIMA, Manuel de - D. João VI no Brasil, 2a ed, Rio de Janeiro, José Olympio, 1945.

SEPÚLVEDA, Cristóvão A. M. - História Orgânica e Política do Exército Português - Provas, volume XVII, Invasão de Junot em Portugal, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.

SARDINHA, António - Ao Ritmo da Ampulheta, 2ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978, pp. 246-256.

WILCKEN, Patrick - Império à Deriva. A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Objetiva. 2005.



Postado pelo aluno Nycollas, Número 40515

2008-08-27

Produção Artística- Arquitetura



Arquitetura

Uma das evidentes mudanças com a chegada da Família Real no Brasil foi a grande revolução arquitetônica ocorrida, principalmente no Rio de Janeiro, para que a cidade se tornasse digna de ser uma capital real. No entanto a grande maioria das obras ocorridas foram patrocinadas pelos fluminenses membros da elite, empolgadas com a chegada de dom João, essas pessoas investiram na reforma de praças e até na pavimentação de ruas.


Mas a motivação principal foi a possibilidade de morarem ao lado do príncipe regente. A família real portuguesa bancou pequenas obras na nova corte, como a construção de três chafarizes, o prédio da Academia de Belas Artes --que hoje se transformou em um estacionamento e o primeiro prédio do quartel, atual Palácio Duque de Caxias.





Como exemplos de locais que sofreram grandes mudanças com a chegada da corte portuguesa e que hoje são pontos turísticos ou até mesmo perderam o valor podemos citar:




· A Quinta da Boa Vista abriga o Zoológico do Rio e o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, administrado pela UFRJ.




· Já no Paço Imperial, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), funciona um centro cultural com exposições, biblioteca e lojas.








· A fazenda São Cristóvão teve um destino triste. No terreno doado para o Exército, sobrou
apenas a fachada da igreja que existia nos tempos de dom João.





Durante essa fase inicial da chegada da família real, podemos perceber a grande motivação da elite fluminense para que a cidade do Rio de Janeiro ficasse de acordo com a grandeza da família real portuguesa. Mas não foi uma tarefa fácil para abrigar a família real, foi preciso improvisar. Os prédios já existiam, mas precisaram ser reformados, no entanto mesmo com todas as mudanças, as residências imperiais que a corte encontrou aqui no Brasil não chegavam perto do luzo das edificações portuguesas.






Postado por : Yan Leal Rodrigues



A vinda da corte e a sua influência na Linguagem






No início do séc. 16 haviam vários dialetos na recente colônia portuguesa. Haviam os indígenas, que por si só já representavam uma grande diversidade de dialetos. Ainda haviam os colonizadores portugueses e com a escravidão, vieram os africanos, com suas diversas línguas.

Vale ressaltar que além desses três grandes grupos culturais que contribuíram para a formação do português do Brasil (portugueses, índios e africanos), vários outros grupos europeus – entre eles os espanhóis, os franceses, os ingleses e os holandeses – aumentaram ainda mais o plurilingüismo e o pluriculturalismo, a partir de 1808, quando se deu a abertura dos portos às nações amigas do país.

Um novo afastamento entre o português americano e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a familia real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.
A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa, o que surpreende em se tratando de um país tão vasto. A comparação das variedades dialectais brasileiras com as portuguesas leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil.

Dialetos do Brasil

Há pouca precisão na divisão dialetal brasileira. Alguns dialetos, como o dialeto caipira, já foram estudados, estabelecidos e reconhecidos por lingüistas, tais como Amadeu Amaral. Contudo, há poucos estudos a respeito da maioria dos demais dialetos e, atualmente, aceita-se a classificação proposta pelo filólogo Antenor Nascentes e outros.

Fontes:
http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/historia.htm,
acessado em 27/08/2008, às 12:21

http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa#Dialectos_de_Portugal,
acessado em 27/08/2008, às 12:30

Postado pela aluna Luana, número 40521

2008-08-26

Os preparativos para a viagem

Em 26 de novembro de 1807, os portugueses já sentiam a angústia do abandono. Dom João, nesta mesma data, publica um decreto declarando:

" Tenho procurado por todos os meios possíveis conservar a neutralidade de que até agora tem gozado os meus fiéis e amados vassalos e apesar de ter exaurido o meu Real Erário, e de todos os sacrifícios a que me tenho sujeitado, chegando ao excesso de fechar os portos dos meus reinos aos vassalos do meu antigo e leal aliado, o rei da Grã-Bretanha , expondo o comércio dos meus vassalos a total ruína, e a sofrer por este motivo grave prejuízo nos rendimentos de minha coroa. Vejo que pelo interior do meu reino marcham tropas do imperador dos franceses e rei da Itália , a quem eu me havia unido no continente, na persuasão de não ser mais inquietado (...) e querendo evitar as funestas conseqüências que se podem seguir de uma defesa, que seria mais nociva que proveitosa, servindo só de derramar sangue em prejuízo da humanidade, (...) tenho resolvido, em benefício dos mesmos meus vassalos, passar com a rainha minha senhora e mãe, e com toda a real família, para os estados da América , e estabelecer-me na Cidade do Rio de Janeiro até a paz geral."

Há exatamente 200 anos, a Família Real Portuguesa, acompanhada de ministros, padres e nobres embarcou em dezenas de navios rumo ao Brasil. Foi uma saída tumultuada, com carruagens abarrotadas de roupas, pratarias, louças.
Em Lisboa, a movimentação no porto era mais intensa a cada dia. Carruagens, arcas e caixotes cheios de louças, documentos, a baixela real e mais tesouros. Centros de mesa, jóias e metade de todo o dinheiro que circulava no país.
Em 27 de novembro, amanheceu chovendo em Lisboa, e as carruagens tiveram dificuldade para atravessar as ruas cheias de lama até o Cais de Belém, onde tinham poucos navios para tantos passageiros. Foi um grande tumulto, com caixas e bagagens para todos os lados. No fim, embarcaram a Família Real, com os nobres, os ministros, os juízes, alguns padres e soldados. Foi um dia de dolorosas separações para as famílias que, depois disso, ficaram divididas por um oceano.

Postado pela aluna Silva Jardim, Numero 87807
Fonte: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/vinda_da_familia_real 31/07/2008

2008-08-25

O Embarque e a Viagem da Corte

A hesitação de D. João em cumprir as determinações de Napoleão fez com que se visse com o Exército francês praticamente às suas costas. Sem saída, embarcou para o Brasil com toda a família real e a Corte, cerca de 10 mil pessoas da aristocracia, além de trazer todo o Tesouro português. Este embarque, realizado às pressas, como uma fuga, apenas um dia antes de as tropas napoleônicas ocuparem Lisboa, tirou a grandeza da idéia da transferência da Corte.

Alguns historiadores, como Oliveira Lima, consideram que a vinda da Corte para as terras americanas foi uma inteligente e feliz manobra política. Para ele, agindo assim, D. João "escapava, de todas as humilhações sofridas por seus parentes castelhanos e mantinha-se na plenitude dos seus direitos, pretensões e esperanças. Era como que uma ameaça viva e constante à manutenção da integridade do sistema napoleônico. (...)." Entretanto, há aqueles que a vêem como uma deserção covarde, não percebendo nela qualquer resquício de estratégia política.

O embarque de milhares de pessoas e seus pertences, em um dia bastante chuvoso, foi extremamente confuso, visto D. João ter se decidido em cima da hora. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juizes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha e membros do alto Clero. Baús com roupas, malas, sacos e engradados seguiam junto com as riquezas da corte. Obras de arte, objetos dos museus, a Biblioteca Real com mais de 60 mil livros, todo o dinheiro do Tesouro português e as jóias da Coroa iam sendo colocados nos porões dos navios, bem como cavalos, bois, vacas, porcos e galinhas e mais toda a sorte de alimentos.


BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia de História Globo Multimídia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u378947.shtml

09/08/2008

OLIVEIRA LIMA, Manuel de - D. João VI no Brasil, 2a ed, Rio de Janeiro, José Olympio, 1945.

SEPÚLVEDA, Cristóvão A. M. - História Orgânica e Política do Exército Português - Provas, volume XVII, Invasão de Junot em Portugal, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.

SARDINHA, António - Ao Ritmo da Ampulheta, 2ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978, pp. 246-256.

WILCKEN, Patrick - Império à Deriva. A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Objetiva. 2005.

Postado por Nycollas (número 40515) em 12/08/2008

2008-08-24

Peculiaridades da Viagem

Na madrugada do dia 27 de novembro de 1807 os membros da Família Real saíram de Lisboa.Em 30 de novembro as esquadras portuguesa e inglesa, são surpreendidas por uma forte tempestade que dispersa os navios.
Em 5 de dezembro de 1807 os navios se reagruparam. Em 8 de dezembro uma nova tempestade formada por ventos do sul dispersa novamente os navios.Dia 10 de dezembro eles conseguem a muito custo se reagrupar novamente.
Em 11 de dezembro a frota avista a Ilha da Madeira . No dia 18 de janeiro de 1808 chegam à costa da Bahia . No dia 22 são avistados pelos habitantes de da Cidade de Salvador os primeiros navios da esquadra.
Às quatro horas da tarde do dia 22 de janeiro de 1808 todos finalmente todos os navios da esquadra estavam fundeados e o Conde da Ponte, governador da Bahia vai à bordo do navio Príncipe Real. No dia 23 é a vez dos membros da da Câmara de irem à bordo do navio Príncipe Real.

Postado pela aluna Silva Jardim, Numero 87807
Fonte: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/vinda_da_familia_real dia 31/07/2008

2008-08-21

Curiosidades sobre D. João


Cabeça enorme, corpo roliço, pernas curtas, mãos e pés minúsculos, rosto avermelhado com papadas, fealdade que se reputa das maiores ocorridas em pessoas de casa real de qualquer país da Europa.
Feio, baixo e barrigudo, mas acima de tudo despreparado para o cargo, D. João VI era filho de D. Pedro III e D. Maria I. Assumiu o trono como Príncipe- Regente, quando em 1792 sua mãe foi declarada louca .

D. João não fora educado para ser o rei. Essa tarefa estava destinada a seu irmão mais velho D. José, o herdeiro primogénito que morreu precocemente, em 1788, de varíola.
Casou-se aos dezoito anos com a princesa espanhola Carlota Joaquina, que na época tinha dez anos, uma união com claras intenções políticas. São públicas as desarmonias, desavenças e diferenças irreconciliáveis do casal, sempre moraram em palácios diferentes. Apesar disso tiveram nove filhos, que segundo diziam pelas Cortes, eram de pais diferentes.

D. João VI tinha uma personalidade que não combinava com as necessidades e os deveres reais: era tímido, calado, indeciso, omisso. Tinha acessos de melancolia e indiferença total.

Mesmo com todos esses defeitos, D. João VI e a família real portuguesa conseguiram fugir da turbulenta Europa escapando até de Napoleão Bonaparte e migrar para o Brasil, estabelecendo-se aqui e explorando nossa terra por várias gerações, mesmo depois da independência .

BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia de História Globo Multimídia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u378947.shtml

09/08/2008

OLIVEIRA LIMA, Manuel de - D. João VI no Brasil, 2a ed, Rio de Janeiro, José Olympio, 1945.

SEPÚLVEDA, Cristóvão A. M. - História Orgânica e Política do Exército Português - Provas, volume XVII, Invasão de Junot em Portugal, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.

SARDINHA, António - Ao Ritmo da Ampulheta, 2ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978, pp. 246-256.

WILCKEN, Patrick - Império à Deriva. A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Objetiva. 2005.

Postado por Nycollas (número 40515) em 12/08/2008

Reação da população portuguesa

A população de Lisboa assistia atônita a toda essa movimentação. Não podia acreditar que estivesse sendo abandonada pelo príncipe-regente e demais autoridades, levando tudo o que estivesse à mão, deixando-a totalmente desamparada para enfrentar o Exército de Napoleão. Lisboa estava um caos. Junot e sua tropa, apesar de bastante desfalcada, não tiveram problema para dominar a cidade, cuja população estava atordoada com o que consideravam uma fuga vergonhosa.

Mais tarde, no Rio de Janeiro, na nova sede do Reino, essa situação seria assim traduzida em versos populares:

"É chegado a Portugal
O tempo de padecer,
Se te oprime a cruel França
Sorte melhor hás de ter".

"Quem oprime os portugueses,
Quem os rouba sem ter dó?
É esta tropa francesa
De quem é chefe Junot".

BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia de História Globo Multimídia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u378947.shtml

09/08/2008

OLIVEIRA LIMA, Manuel de - D. João VI no Brasil, 2a ed, Rio de Janeiro, José Olympio, 1945.

SEPÚLVEDA, Cristóvão A. M. - História Orgânica e Política do Exército Português - Provas, volume XVII, Invasão de Junot em Portugal, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.

SARDINHA, António - Ao Ritmo da Ampulheta, 2ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978, pp. 246-256.

WILCKEN, Patrick - Império à Deriva. A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Objetiva. 2005.

Postado por Nycollas (número 40515) em 12/08/2008



Embarcações

Na manhã do dia 29 de novembro a esquadra portuguesa finalmente partiu do porto de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro.As embarcações que faziam parte da frota eram:

Naus

  • Príncipe Real - Comandante, Capitão de Mar e Guerra, Francisco José do Canto Castro e Mascarenhas.
  • D. João de Castro - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel João Loccio.
  • Afonso de Albuquerque - Cmdte, Cap. de M. e G., Inácio da Costa Quintela
  • Rainha de Portugal - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco Manuel Souto-Maior.
  • Medusa - Cmdte, Cap. de M. e G., Henrique da Fonseca de Sousa Prego.
  • Príncipe do Brasil - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco de Borja Salema Garção.
  • Conde D. Henrique - Cmdte, Cap. de M. e G., José Maria de Almeida.
  • Martins de Freitas - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel de Menezes.

Fragatas

  • Minerva - Cmdte, Cap. de M. e G., Rodrigo José Ferreira Lobo.
  • Golfinho - Cmdte, Cap. de Fragata, Luís da Cunha Moreira,
  • Urânia - Cmdte, Cap. de Frag., D. João Manuel.

Brigues

  • Lebre -Cmdte, Cap. de M. e G., Daniel Tompsom.
  • Voador - Cmdte, Cap. de Frag., Maximiliano de Sousa.
  • Vingança - Cmdte, Cap. de Frag., Diogo Nicolau Keating.

Escunas

  • Furão - Cmdte, Capitão Tenente, Joaquim Martins.
  • Curiosa - Cmdte, Primeiro Tenente, Isidoro Francisco Guimarães.

BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia de História Globo Multimídia

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u378947.shtml

09/08/2008

OLIVEIRA LIMA, Manuel de - D. João VI no Brasil, 2a ed, Rio de Janeiro, José Olympio, 1945.

SEPÚLVEDA, Cristóvão A. M. - História Orgânica e Política do Exército Português - Provas, volume XVII, Invasão de Junot em Portugal, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.

SARDINHA, António - Ao Ritmo da Ampulheta, 2ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1978, pp. 246-256.

WILCKEN, Patrick - Império à Deriva. A corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Objetiva. 2005.

Postado por Nycollas (número 40515) em 12/08/2008

2008-08-19

Influência da corte na Ciência

Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios

O objetivo da escola era a implantação do ensino das artes no Brasil segundo o paradigma acadêmico, o neoclassicismo francês, vigente na Europa até o advento do Impressionismo e da Arte Moderna.


Criada pelo príncipe regente D. João, foi inaugurada em 1816 mas começou a funcionar efetivamente apenas em 1826. O núcleo fundador foram os professores da Missão Artística Francesa. A Academia funcionaria com este nome até a Proclamação da República, quando foi renomeada para Escola Nacional de Belas Artes.

Abaixo segue um trecho do decreto por meio do qual o príncipe regente estabelece a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, e concede mercê de pensões a vários estrangeiros que seriam empregados na instituição.

Conjunto documental: Contadoria Geral do Tesouro Público. Registro de cartas, provisões, alvarás e decretos
Notação: códice 62 vol.02
Data-limite: 1816-1818
Título do fundo: Tesouro Nacional
Código do fundo: C 2
Argumento de pesquisa: Escola Real dos Cientistas, Artes e Ofícios
Local: Rio de Janeiro
Data: 12 de agosto de 1816
Folha(s): 30, 30v e 31

‘Fazendo-se por tanto necessário aos habitantes o estudo das belas artes[2] com aplicação e preferência aos ofícios mecânicos[3] cuja prática, perfeição e utilidade depende dos conhecimentos teóricos daquelas artes e difusivas luzes das ciências naturais, físicas e exatas: E querendo para tão úteis fins aproveitar desde já a capacidade, habilidade e ciência de alguns dos estrangeiros, que tem buscado a minha real e graciosa proteção para serem empregados no ensino e instrução pública daquelas artes(...)”


Glossário:

[2] A concepção de artes vigente na época abarcava atividades distintas que podem ser agrupados em belas artes e artes mecânicas, cujas fronteiras, no entanto não podem ser traçadas com muita nitidez. Assim, o engenheiro podia tanto projetar chafarizes e outras obras públicas como também receber a incumbência de preparar as decorações nas ocasiões especiais, festas cívicas ou religiosas. Os escultores dedicavam-se a fabricar imagens de santos para as igrejas, mas também faziam armações para altares e andores. Os artistas especializavam-se em mais de uma atividade, e separar de forma estrita as artes do artesanato e dos ofícios mecânicos não é tarefa fácil. As atividades de ambos os campos imiscuíam-se com freqüência, e os conhecimentos exigidos para a sua realização igualmente careciam de fronteiras explícitas. Dos pintores exigia-se que soubessem mitologia, geometria, ótica, anatomia, além de conhecimentos específicos de acordo com a área de atuação: pintura histórica, os de paisagem, os de perspectiva.

[3] Se a concepção de artes no início do século XIX incluía atividades que iam do artesanato (confecção de andores e lápides, etc) às ciências (ciências mecânicas, militares, etc), pode-se afirmar que a noção de ofícios mecânicos se prendia à idéia de “artes úteis”, que permitiam uma aplicação concreta em campos como a guerra, a engenharia, ciências naturais, tipografia, ou seja, na produção de bens ou serviços públicos. Por serem considerados impulsionadores de atividades econômicas, os ofícios mecânicos eram considerados mais relevantes do que as belas artes. As artes mecânicas incluíam ourivesaria, marcenaria, e até concepção de inventos e máquinas destinados a melhorar algum aspecto da produção de bens.

Fonte:

www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/.../sys/start.htm?infoid=827&sid=101&tpl=printerview, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 21:19h.

http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=827&sid=101&tpl=printerview, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 21:19h.

Conclusão:

Embora a vinda da corte tenha deixado muitos legados na astronomia, biologia, medicina e botânica, muitas vezes a ciência era utilizada como meio de aperfeiçoar as atividades mecânicas, que, segundo o pensamento da época, eram as mais lucrativas. Este fato é citado no trecho: “(...)ofícios mecânicos[3] cuja prática, perfeição e utilidade depende dos conhecimentos teóricos daquelas artes e difusivas luzes das ciências naturais, físicas e exatas(...)”.

Postado pela a aluna Luana, Número 40521.

Conseqüências Gerais

Consequências em geral:

-O Rio de Janeiro passa a ser capital do império português;
-O Brasil deixa de ser colônia temporariamente, pois
passou a ser reino e suas capitanias passaram a ser chamadas de províncias;.
-D. João cria o Banco do Brasil, a casa da moeda, a Junta Geral de Comercio e a Casa de Suplicação.
-Foi autorizada a instalação de manufaturas;
-Deu-se a abertura dos portos às nações amigas;
-Foram criados três ministérios: o da Guerra e Estrangeiros, o da Marinha e o da Fazenda e Interior;
-Foi incentivada a construção de estradas, já que o Brasil praticamente não as tinha;
-Os portos foram melhorados;
-Foi criada a Academia Real Militar e a Academia da Marinha;
-Foi criada a Escola de Comércio, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia de Belas-Artes;
-Foram criadas duas faculdades de Medicina e Cirurgia, uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador;
-Foram fundados o Museu Nacional, o Observatório Astronômico e a Biblioteca Real e o Jardim Botânico
-Foi construído o Teatro de São João;
-D.Joao VI manda invadir a Guiana Francesa e a Provincia Cisplatina, etc

Em resumo: se o sudeste já estava em evidência devido ao ciclo do ouro, passou a dominar e centralizar politica e economicamente o restante do Brasil. O centralismo político e a desatenção aos graves problemas sociais das outras regiões acabaria provocando diversas revoltas no período regencial (balaiada, cabanagem, farroupilha, etc.)

Conclusão: A vinda da corte real para o Brasil, sofisticou e "civilizou" de certa forma o Brasil, colocando-o em destaque, passando de mera colônia, a reino com rica fauna e flora.



http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080619131428AAu1Ue6, ACESSADO em 19 08 de 2008, às 19:10
Postado pela Aluna Luana, número 40521

Influência da corte na Botânica

Influência da Corte na Botânica


A vinda da Família Real trouxe diversas melhorias para a cidade do Rio de Janeiro, dentre elas a implantação de uma Fábrica de Pólvora na sede do antigo Engenho de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites do Jardim Botânico.

Aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais: foi com este objetivo que, em 13 de junho de 1808,por decreto, foi criado, no antigo "Engenho da Lagoa", pertencente a Rodrigo de Freitas, o Jardim de Aclimação, por D. João, Príncipe Regente na época, e mais tarde d. João VI.
Encantado com a exuberância da natureza do lugar, aí D. João instalou o Jardim, que em 11 de outubro do mesmo ano, passou a Real Horto. Por um erro histórico acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. Porém o Jardim Gabrielle era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram aqui vieram, na verdade, das ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a D. João1. Entre elas, estava a Palma Mater.



Sua direção foi entregue ao marquês de Sabará, diretor da fábrica de pólvora criada ao lado, que também entendia de botânica, sendo depois substituído pelo Tenente General Carlos Napion. Em 1810, segundo o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro", o alemão Kaucke o transformou em uma estação experimental. Tinha à sua disposição escravos, instrumentos, morada e ganhava mais de 800 mil réis por ano. Nos viveiros já havia mudas de cânfora, nogueira, jaqueira, cravo-da-índia e outras plantas do Oriente.



Com a Proclamação da Independência do Brasil, o Real Horto foi aberto à visitação pública em 1822 como Real Jardim Botânico.O Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth II do Reino Unido e muitos outros.



Adquiriu a partir de então foros de botânico, pois seu diretor era um erudito frade carmelita, frei Leandro do Sacramento, professor de botânica conhecido pelos seus estudos da flora brasileira. Frei Leandro introduziu melhoramentos e organizou um catálogo das plantas ali cultivadas. Foi o orientador das aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras, assim como das cercas de murtas, crótons, hibisco.
Em sua homenagem, uma das dependências do Jardim tem o seu busto e o belo lago leva o seu nome.

Para mais informações, aqui está o site da Instituição de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro : http://www.jbrj.gov.br/index.html

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeiro, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 18:46.



http://www.jbrj.gov.br/historic/index.htm, acessado em 19 de Agosto de 2008, às 18:46.

Conclusão: A corte portuguesa, com sua vinda, deixou muitos legados aqui no Brasil. Um deles, o Jardim Botânico, que existe até hoje, no Rio de Janeiro, é, creio eu, um dos legados “materiais” mais belo e agradável. Apesar de ter, inicialmente, o objetivo de aclimatar as especiarias do Oriente, tornou-se, através dos tempos, ponto de visitação da cidade.


Postado pela Aluna Luana, Número 40521.

Produção Artística- Música

Musical


A chegada da família real mudou bastante a dinâmica do cenário musical brasileiro. O gosto pela música fez com que D. João VI instituísse por aqui “uma orgia musical”.
A chegada de D.João ao Brasil mudou bastante a dinâmica do cenário musical do país, em especial no Rio de Janeiro , onde houve uma valorização na profissão do músico e em suas obras, até então praticamente restritas às músicas litúrgicas. Para entender essas mudanças, no entanto, vale a pena fazer um breve histórico da música no Brasil colonial. Na verdade não há muito material disponível sobre os dois primeiros séculos de vida musical por aqui, mas há o suficiente para saber que no Brasil durante o século XVI e XVII a música esteve sempre ligada a igreja e era principalmente utilizada pelos portugueses como instrumento de conversão dos indígenas. Com o passar das décadas, o maior número de músicos foram se concentrando na Bahia e em Olinda, em sua maioria negros ou escravos, afinal, o músico era como outro funcionário qualquer da casa do senhor. O quadro começa a mudar mesmo no século XVIII, pois a mineração em MG gerou um crescimento econômico muito grande, e com ele surgiram artistas como escritores, arquitetos, escultores e músicos.



Postado por Yan Leal Rodrigues

http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowEspeciais!destaque.action?destaque.idEspeciais=544, acessado em 19/08/08, às 17:38.

2008-08-17

Consequência na Economia, no Governo e no Exercito

A abertura dos portos as nações amigas:

Quando D.João IV chegou ao Brasil, ele assinou a Carta Régia de 28 de Janeiro de 1808, conhecida como "Abertura dos portos às nações amigas". Estipulava o documento, em suas duas cláusulas, que as alfândegas poderiam receber "todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios das potências que se conservam em paz e harmonia com minha coroa,ou em navios dos meus vassalos", e que não só os vassalos, mas os sobre ditos estrangeiros poderiam exportar para os portos que quisessem todos os gêneros e produções coloniais, a excessão do pau-brasil e de outros notoriamente estancados, "a beneficio do comércio e da agricultura".

A economia no Brasil:


A indústria de tecidos, que começava a se desenvolver com êxito na região sudeste, foi estrangulada por decisão da rainha D.Maria I, que em 1785 declarou extintas todas as fábricas têxtis na colônia. Esse decreto foi revogado por D.João IV,em 1808, a par com outras medidas tendentes ao desenvolvimento da indústria e do comércio. Ainda na Bahia, o príncipe-regente já decretava a incorporação da primeira companhia de seguros, autorizava a instalação de uma fábrica de vidro, cultura de trigo e fábricas de moagem.

O governo:

Quando D.João IV chegou ao Brasil ele tratou logo de nomear os titulares dos ministérios do reino, marinha e ultramar, da guerra e estrangeiros, além de criar o real etário (depois ministério da fazenda) os conselhos de estado, militar, e da justiça, a intendência geral da polícia, a casa da suplicação, o desembargo do paço, a mesa da consciência e ordens, o conselho da fazenda, a real junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação, o juízo dos privilégios, as chancelarias e as superintendências. Ficava assim montado o sistema governamental da época ,além de garantir empregos aos fidalgos que acompanharam a comitiva real em sua fuga para o Brasil. As primeiras providências do príncipe-regente, ao cabo de tantos anos
de abandono, foram recebidas como sinal de redenção.
Estabelecida a corte no Rio de Janeiro, começaram a afluir os governadores de Minas Gerais e São Paulo, em busca de amparo e proteção para as suas capitanias, agora transformadas em províncias.

A justiça:


O vice-rei jamais pode exercer em plenitude e extensão sua autoridade. Os "Baxas" como eram conhecidos os governantes e capitães-generais, eram os senhores todo-poderosos, que mandavam e desmandavam despoticamente até onde alcançassem suas respectivas jurisdições. A justiça era mais incipiente e deficiente que se pode supor: apenas uma relação de segunda estancia na Bahia e outra no Rio de Janeiro para toda a colonia, e ainda assim dependentes de Lisboa. Os processos se arrastam com tal lentidão que muitas vezes era preferível sofrer uma injustiça e conformar-se com ela do que aguardar a reparação do dano, quase sempre decepcionante, ao final de uma inútil e dispendiosa campanha.
D.João, ainda como príncipe-regente, procurou amenizar essa situação. A casa de suplicação, instituída em 1808, substituiu o supremo tribunal de Lisboa e instituiu mais duas relações: uma em São Luís do Maranhão , em 1813, e outra em Recife, em 1821.
Mesmo assim, a administração de D.João teria muito atrito com a classe dos aristocratas. Não aceitavam o serviço militar, recusavam-se a pagar impostos e mostravam-se ciumentos dos benefícios que engrandeceram o Rio de Janeiro.

Curiosidade:
D.João confiscou as melhores casas no Rio de Janeiro e mandou colocar o selo P.R., o povo ironicamente interpretou como "ponha-se na rua".

Opinião:
O governo de D.João era muito autoritário e a justiça era lenta como a de hoje. D.João começou esse projeto de desenvolvimento da região sudeste do Brasil, que hoje é a mais "desenvolvida" do Brasil, em termos de dinheiro. D.João enfrentou muitas adversidades com isso. Ele também iniciou o trabalho militar no Brasil, caso alguém quisesse ataca-lo.

postado por G.Fernandes 40562 (26/08/2008)
enciclopedia Barça 2000 e 2001, em cd-rom. 18:17

Produção Artística: Teatro

Teatro:

As informações mais antigas que temos sobre atividades teatrais no Brasil se referem aos autos religiosos que o padre José de Anchieta fez encenarem-se para auxiliar na catequese dos índios. Não há dados sobre representações cênicas anteriores à chegada dos portugueses(a menos que consideremos as cerimônias e festas dançadas de algumas tribos brasileiras como representações). Na cidade mineira de Vila Rica (atual Ouro Preto) há registros de apresentações teatrais ocorridas no século XVIII, no período do ciclo do ouro. Em 1810, D.João VI manda construir o Real Teatro de São João (atual teatro João Caetano), onde se apresentam companhias portuguesas. Durante o reinado de D.Pedro I ,surge o primeiro grande ator, João Caetano dos Santos, que se destaca em interpretações de personagens das tragédias de Shakespeare. Surge também o primeiro grande autor teatral:Luís Carlos Martins Pena
(foto à direita).
Suas comédias são talvez foram o primeiro retrato do cotidiano da sociedade brasileira da época, mostrado de forma satírica. Entre as suas peças, podemos citar "O juíz de paz na roça", "O Judas em Sábado de Aleluia", e principalmente "O Noviço", sua peça mais representada até hoje. A partir de 1840, escritores importantes passam a escrever obras para o palco, como Joaquim Manuel de Macedo (autor do romance A Moreninha), que escreveu "Lusbela e O Fantasma Branco", José de Alencar, com "O Demônio familiar" e "As asas de um anjo", Gonçalves Dias, com "Leonor de Mendonça", e Machado de Assis, com "Lição de Botânica". Joaquim José de França Júnior de certa forma foi o continuador do estilo de Martins Pena, com obras satíricas que retratam a vida no Segundo reinado, em peças como "Um Carnaval no Rio", "Caiu o Ministério" e "Como se Fazia um deputado".

Opiniao:
A produção teatral começou com os jesuítas em suas catequisações e após começaram a vir os autores, mas nenhum ao nível de Shakespeare. E continuamos não tendo um que consiga ter sua obra valorizada.Eram comédias satíricas e como hoje também mostravam o cotidiano Brasileiro por um ponto de vista diferente.

postado por G.Fernandes 40562 (26/08/2008)
enciclopedia Barça 2001, 2002, 2003, em cd-rom 18:29

Imprensa


Imprensa no Brasil


A história da imprensa no Brasil tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois nas demais colônias européias no continente a imprensa se fazia presente desde o século XVI.
A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 maio de 1808, com a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo português que tinha se refugiado na colônia americana. Pouco antes no mesmo ano, porém, o exilado Hipólito José da Costa lançava, de Londres, o Correio Brasiliense (com S), o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante"[1], o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a independência do Brasil, e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio Brasiliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter caráter "doutrinário muito mais do que informativo" .


A proibição à imprensa (chegaram inclusive a destruir máquinas tipográficas) e a censura prévia (estabelecida antes mesmo de sair a primeira edição da Gazeta) encontravam justificativa no fato de que a regra geral da imprensa de então não era o que se conhece hoje como noticiário, e sim como doutrinário, capaz de "pesar na opinião pública", como pretendia o Correio Brasiliense, e difundir suas idéias entre os formadores de opinião — propaganda ideológica, afinal.
A censura à imprensa acabou em 1827, ainda no Primeiro Reinado. A própria personalidade de D. Pedro II, avessa a perseguições, garantia um clima de ampla liberdade de expressão — em nível não conhecido por nenhuma república latino-americana, graças aos caudilhos autoritários que lá se alternavam. A liberdade de imprensa já era garantida mesmo pela Constituição outorgada de 1824. Escreve Bernardo Joffily: "Cada corrente tem seu porta-voz", mas, ainda assim, "há órgãos apolíticos: o Diário do Rio de Janeiro (1º diário do País, 1821-1878) nem noticia o Grito do Ipiranga. Mas a regra é a imprensa engajada, doutrinária"[2].
O francês Max Leclerc, que foi ao Brasil como correspondente para cobrir o início do regime republicano, assim descreveu o cenário jornalístico de 1889:
"A imprensa no Brasil é um reflexo fiel do estado social nascido do governo paterno e anárquico de D. Pedro II: por um lado, alguns grandes jornais muito prósperos, providos de uma organização material poderosa e aperfeiçoada, vivendo principalmente de publicidade, organizados em suma e antes de tudo como uma empresa comercial e visando mais penetrar em todos os meios e estender o círculo de seus leitores para aumentar o valor de sua publicidade, a empregar sua influência na orientação da opinião pública. (...) Em torno deles, a multidão multicor de jornais de partidos que, longe de ser bons negócios, vivem de subvenções desses partidos, de um grupo ou de um político e só são lidos se o homem que os apoia está em evidência ou é temível."
De fato, os jornais de partidos, ou espontaneamente criados e mantidos por militantes, carecem de organização institucional e de profissionalismo jornalístico. Nos tempos de maior exaltação na campanha republicana (1870-1878 e 1886-1889), surgem dezenas de jornais (que não passam de 4 páginas cada) efêmeros, sem durar mais que alguns meses.
Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas. Os demais foram o Diário de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da Tarde.
O caricaturista, ilustrador, jornalista Ângelo Agostini está entre as maiores personalidades da imprensa brasileira. Numa época em que a fotografia ainda era rara — e cara — o ilustrador tem o poder inegável de construir o imaginário visual da sociedade. Assim, o "Imperador Cabeça-de-Caju" ou o primeiro-ministro gorducho com ar de soberbo são o que a população — e aí, mesmo a massa analfabeta entra — vai consumir e por onde vai se pautar. Ali criou-se uma iconografia simbólica da política no final do Império.
A Revista Illustrada realmente era inovadora. As ilustrações litografadas almejavam ao perfeccionismo e ao mesmo tempo à expressividade. Inova a Revista também por uma diagramação "interativa", com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc.. Saía semanalmente e tinha distribuição nacional.
Nos 22 anos contínuos em que foi publicada, a Revista Illustrada entranhou-se no cotidiano nacional (Cf. Werneck Sodré) e inspirou uma geração de magazines satíricas. Embora um pouco anteriores, fazem parte da mesma safra: O Mosquito, O Besouro (ambos de Bordalo Pinheiro, imigrante português, amigo de Agostini) e O Mequetrefe.

Bibliografia
BAHIA, Juarez. Jornal, História e Técnica, vol. I – História da Imprensa Brasileira, São Paulo: Ática, 1990, 4ª ed.
• BARBOSA, Marialva. Os Donos do Rio – Imprensa, Poder e Público (1880-1920). Rio de Janeiro: Vício de Leitura, 2000.
CAPELATO, Maria Helena R.. Imprensa e História no Brasil. São Paulo: Contexto/EdUSP, 1988.
• IPANEMA, Marcelo de & IPANEMA, Cybelle de. "Estabelecimento da Tipografia e origens do Jornalismo no Brasil". in: Revista Brasileira de Comunicação. Brasília: Março e Junho de 1968.
MELLO E SOUZA, Cláudio. Impressões do Brasil. São Paulo: Grupo Machline, 1986.
• MELO, José Marques de (org.). Imprensa Brasileira – personagens que fizeram história. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Universidade Metodista de São Paulo, 2005.
• RIBEIRO, Ana Paula Goulart. Imprensa e História no Rio de Janeiro dos Anos 50. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: ECO-UFRJ, 2000.
RIZZINI, Carlos. O Livro, o Jornal e a Tipografia no Brasil. Rio de Janeiro: Kosmos, 1945.
WERNECK SODRÉ, Nelson. História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.

Postado por Nycollas em 16 de Agosto de 2008.

 
©2008 Elke di Barros Por Templates e Acessorios